Você já parou para pensar que a forma de organizar as equipes e pensar na gestão da performance está mudando?
Afinal, de onde veio essa ideia de trabalhar em equipes? Bom, a literatura nos ensina que a ideia advém desde a antiguidade quando os indivíduos perceberam as vantagens que teriam ao se organizarem em grupo para realizarem atividade de subsistência tais como a pesca, a caça e a coleta de frutas.
Daí que, dessa necessidade histórica de somar esforços para alcançar objetivos – que isoladamente, não seriam alcançados ou seriam de forma muito trabalhosa – , surge, por exemplo, após a Primeira Guerra Mundial a denominação “trabalho em equipe” – quando tornou-se necessário haver uma união de forças para reconstruir países destroçados pela guerra.
De vez em quando, me pego pensando se os trabalhadores daquela época não seriam apenas um grupo de pessoas trabalhando juntas…
Falo isso por causa de um entendimento da excelente Fela Moscovici, que em seus livros já nos disse que “há uma significativa diferença entre pessoas trabalhando juntas e apenas trabalhando ao mesmo tempo.” E acrescenta que há organizações em que de verdade o que existem são agrupamentos que se colocam com o título de “equipes”(mais modernamente, de “times”), para dar status ao que de verdade ainda se configura como “grupo de trabalho”.
Para ela não podemos pensar que as pessoas simplesmente podem trabalhar lado a lado, simplesmente justapostas, como máquinas de funcionamento isolado, sem interação, sem comunicação, sem sentimentos, motivações, atrações e conflitos, enfim, sem experimentar a extensa gama de emoções do convívio humano.
Consideremos portanto, que nos grupos, as dificuldades de comunicação e de relacionamento entre as pessoas, talvez não precisem ser trabalhadas, mas nas equipes, as necessidades sociais não satisfeitas têm grande impacto! Ou seja, ao pensar em equipes, é preciso pensar nas competências interpessoais. Aqui um parêntese: competência interpessoal é a habilidade de lidar eficazmente com relações interpessoais, de lidar com outras pessoas de forma adequada às necessidades de cada um e às exigências da situação.
Se você leu até aqui, reflita agora daí: O que você tem percebido na sua empresa e/ou naquelas com as quais se relaciona: grupos ou equipes? Nessa perspectiva, quanto ainda precisamos avançar? Como temos investindo energia nessa direção?